
Belo Horizonte tem se tornado, de maneira gradativa, um dos principais epicentros da cena punk/hardcore nacional. Prova disso é que, regularmente, o público local tem tido diversas oportunidades de estar presente em shows nacionais e internacionais voltados a esse universo. E próximo evento já tem data, local e line up definidos: o Bigorna Fest!
Produzido pelo Coletivo Bigorna, o festival é uma produção independente e reunirá, de forma equilibrada e abrangente, indo desde a bandas veteranas (como os paulistanos do Hateen) a grupos com menos tempo de estrada (como os belo-horizontinos Coiotes S.A.).
O evento acontecerá no sábado, dia 06 de julho, no Caverna Rock Pub e está com ingressos à venda aqui. Sem mais delongas eis 5 motivos para ir ao Bigorna Fest!
01 - Obrigado Tempestade
O Hateen é um dos maiores expoentes da cena hardcore brasileira. O grupo liderado por Rodrigo Koala, construiu, ao longo de três décadas de bons serviços prestados, uma longeva e respeitosa carreira.
Discos como Procedimentos de Emergência (2005) e Obrigado Tempestade (2011) seguem até hoje como trabalhos basilares para se entender o emo made in Brasil.
Faixas como "1997", "Obrigado Tempestade", "Quem Já Perdeu Um Sonho Aqui?", "Não Vá", "Passa o Tempo" e "Não Existe Adeus" devem figurar no set de uma das apresentações mais esperadas do festival.
02 - A base vem forte: a cena hardcore / metal made in Minas Gerais
A Arc-Over, o Distúrbio Sub-Humano e Coiotes S.A. são bandas que demonstram como a cena hardcore belo-horizontina segue muito bem representada.
Apostando em guitarras velozes, riffs marcantes e letras existencialistas a Arc-Over vem, desde 2007, se apresentando de maneira regular nos palcos mineiros. Com dois álbuns e dois EPs em sua discografia, a apresentação no festival deverá ser pautada pelo mais recente disco do grupo, o elogiado A Felicidade Está na Imperfeição (2022).
Com mais de 20 anos de estrada, a Distúrbio Sub-Humano promove através de sua sonoridade a junção elementos ligados ao hardcore, ao crossover e o punk. Suas letras politizadas vão de encontro a defesa da liberdade, o combate a ideais reacionários e a necessidade de lutarmos diariamente por um mundo mais junto e igualitário. Faixas como "Mente Escravizada", "Sonhos de um Mundo Melhor", "Sempre Resistir" e "Mulher" devem figurar no setlist no show que promete ser um dos mais enérgicos da noite.
Já o Coiotes S.A. foi formado em 2010 e aposta numa sonoridade ligada ao stoner rock. O seu debut, Daqui pra Frente Eh Nóis, foi lançado ano passado e, desde então, o trabalho tem recebido a atenção público e da crítica. Singles como as faixas "Melhor Parte", "Cola com Nois" e "Vamos Comemorar" sintetizam o poderio do grupo, cuja proposta é criar um som pesado e hipnótico na mesma medida.
03 - O local
Localizado na região central de Belo Horizonte, o Caverna Rock Pub é um dos espaços mais importantes voltados a música pesada, em suas mais variadas vertentes, da capital mineira.
Criada em 2022, a casa conta com programação regular semanal e cede suas dependências para que tanto bandas covers/tributos quanto autorais (nacionais e internacionais) se apresentem.
Contando com ótima infraestrutura, por lá, recentemente, bandas como a Comeback Kid, Angel Dust e a Rancore realizaram shows históricos.
04 - Another Point of View: a nova fase do Bayside Kings
Natural de Santos, São Paulo, o Bayside Kings é uma das bandas mais celebradas da atualidade. Com mais de 10 anos de estrada, o grupo tem como marca a realização de shows explosivos que tem percorrido o país.
Com discografia composta por três álbuns de estúdio e 4 EPs, a banda passou por um processo de transição recente no qual a língua portuguesa se tornou o idioma oficial das composições dando lugar ao inglês. A escolha acertada fez com que a mensagem existencialista do grupo chegasse a um público ainda maior que costuma cantar junto cada verso.
Atualmente, os shows do Bayside conciliam canções de ambas as fases (inglês e português) e a apresentação no Bigorna promete ser especial.
05 - Cidade Veloz Cidade: o retorno do Plastic Fire à BH
Os cariocas da Plastic Fire estão na ativa desde 2005 e conquistaram, no decorrer do tempo, respeito e popularidade dentro na cena. Fatores estes que o fizeram tocar diversas localidades por todo Brasil.
Discos como Cidade Veloz Cidade (2014) seguem até hoje como um dos álbuns mais celebrados do quarteto. Após breve hiato, nos últimos anos a banda liderada por Reynaldo Cruz está com nova formação e tem lançado singles como "Saudade" e "Rumo a Ti" que tem feito com que o trabalho grupo chegasse a novos fãs.
Sem tocar em Belo Horizonte a cerca de 6 anos, a apresentação será uma oportunidade celebrar quase duas décadas em atividade.
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