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Luiza Brina e Jennifer Souza brilham na Virada Cultural

Se há um elemento central que ajuda a definir a música produzida no século XXI é o fato de que, nos últimos anos, cada vez mais temos visto que a participação feminina, nesse seguimento artístico, tem crescido de maneira de exponencial. E nas Minas Gerais, estado que tem sido celeiro de boas produções desde sempre, duas artistas que se destacam são Jennifer Souza e Luiza Brina.


Por mais que ambas tenham construído trajetórias distintas no cenário belo-horizontino, seus respectivos fazeres artísticos têm como elos o fato de fazerem uso de suas belas vozes como instrumento para refletir sobre a existência de forma poética. Tal junção é acamada por melodias igualmente belas e agridoces que confortam o ouvinte que encontra abrigo em suas canções.


Felizmente, ambas foram atrações subsequentes como parte da programação da Virada Cultural e fizeram apresentações que encantaram pela simplicidade. A primeira a adentrar ao palco foi a cantautora Jennifer Souza. Sua apresentação teve como força motriz o repertório presente em Impossível Breve, disco de estreia solo que celebrou em 2023 uma década de seu lançamento.


Entre guitarras e pedais, Jennifer apostou na crueza e no minimalismo para reviver canções como "Sorte ou Azar", "Esparadrapo" e "Possivel Breve". Houve espaço também para executar duas versões de canções que compôs para o Transmissor ("Outra Ela" e "Retiro"), grupo o qual integra, e uma canção inédita ("Clara") a ser lançado num futuramente.


Na sequência foi a vez de Luiza Brina trazer à tona o repertório presente no seu elogiado mais recente álbum, Prece (2024). Assumindo o desafio de recriar ao vivo os arranjos de um trabalho no qual a compositora conta com o apoio de um orquestra e diversos convidados para um formato mínimo (calcado por voz, violão e percussões) a transposição se deu forma plena e natural.


Contando com o apoio do músico Yuri Velasco, Brina ao desnudar as canções de seu formato original faz com que as mesmas ganhem um novo brilho tão fascinante quanto as versões presentes em estúdio. Se destacaram no set faixas, que no álbum são chamadas de orações, como "Oração 17 (Risco)" que fechou a apresentação.


Fotos: Bruno Lisboa



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