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Foto do escritorBruno Lisboa

Marcelo Tofani, ex-Rosa Neon, lança primeiro álbum solo

O nome de Marcelo Tofani está associado ao Rosa Neon, grupo formado em 2018 ao lado de Luiz Gabriel Lopes, Mariana Cavanellas, Marina Sena e o produtor BAKA. O coletivo, em seu curto tempo de existência, fez barulho graças ao sucesso do autointitulado disco de estreia (lançado em 2019) e de hits instantâneos de faixas como “Ombrim”, “Fala Lá pra Ela”, “Pirraça” e “Vai Devagar”, faixa que conta com a participação do rapper mineiro Djonga.


Foto: Humberto Catta Preta

Após o encerramento das atividades da banda, em 2021, Marcelo vem retomando suas atenções para sua carreira solo. Os singles “Certificar”, "NANANI NANÃO" (parceria com X Sem Peita e Luiz Brazil) e "Sonhei com Você" (feita junto ao ex-Skank Henrique Portugal) serviram como base para que Tofani criasse o repertório presente no seu recém lançado debut chamado Fantasia de Um Amor Perfeito (2023).


O disco é um lançamento do selo AQuadrilha, encabeçado por Djonga, que tem em seu cast artistas da nova geração como Bia Nogueira, Zinga, Iza Sabino, entre outros. Produzido por MGZD, Gabriel Moulin e Luiz Brazil, o disco é composto por 9 faixas, nas quais o músico passeia entre a tradição a modernidade, através de canções que promovem alusão tanto a disco music quanto ao trap, entre outras sonoridades contemporâneas.


A faixa de abertura, "Até Nascer o Sol", é um ótimo cartão de visitas que une batidas eletrônicas e dançantes, refrão pegajoso e letras em ode ao universo das relações que dão o tom do disco. O clima festivo está presente em faixas como o single "Certificar", lançado ano passado, no qual Tofani promove homenagem aos Bee Gees. As aventuras e desventuras da vida noturna surgem como personagem em "Perigo".


Em entrevista para este que vos escreve, para o site Scream & Yell, o cantor revelou que estava atento a sonoridades ligadas à música latina, em especial Bad Bunny e o reggaeton. Tais referências estão latentes em "Flechas", parceria com MC Anjim. Antenado também aos ritmos que estão em voga no dial das rádios brasileiras, em "Eu e Ele Não Dá" é a vez da imersão nos ritmos paraenses e no piseiro. Outras faixas que se destacam são a daftpunkiana "Não Mudo Por Ninguém" e a cadenciada "Como Foi que a Gente Acabou" que encerra o disco.


Por fim, Fantasia de Um Amor Perfeito mostra como a música pop produzida nas Minas Gerais segue bem representada através do sucesso alcançado por artistas desta cena.



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